DF no combate à violência contra a mulher

DF no combate à violência contra a mulher
Programação cultural que inclui exposições e lançamentos de livros marcará o período de mobilização dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”
A sociedade brasiliense está convidada para aderir às ações de enfrentamento à violência contra a mulher. Por meio da Secretaria da Mulher, o GDF lançou, nesta segunda-feira (19), a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”.
Diversos países do mundo, representados por movimentos feministas e de mulheres, além de organizações do poder público vão aderir ao movimento entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro deste ano. O objetivo é reunir mais de 100 países para incentivar a denúncia de casos de violência doméstica, considerada uma forma de violação aos direitos humanos.
De acordo com a secretária-adjunta da Mulher do DF, Valesca Leão, a campanha foi antecipada no Brasil em função do Dia da Consciência Negra.  “A mulher negra é mais violentada por toda condição histórica da subjugação da raça negra”, explicou a secretária-adjunta. Por isso, a mobilização terá duração total de 22 dias.
No Distrito Federal, a campanha começou hoje com a abertura da exposição Fábrica de Imagens – Um Manifesto Feminista, elaborada pelo Centro de Informação da Mulher (CIM), organização civil em defesa das mulheres. A mostra reúne fotografias, cartazes, documentos que relatam a história e o papel da mulher, desde os anos 70 até a atualidade. Debates e exibições de filmes integram a programação da exposição.
Quem visitou a mostra se surpreendeu com os relatos e fotos de mulheres vítimas de violência. A telefonista Natalia Viana, 25 anos, se emocionou. “As imagens são fortes, mas é a realidade de mulheres que foram mortas e com certeza temeram não só por suas vidas, mas pelos filhos, parentes e pais”, opinou.
A iniciativa do CIM, que percorre as capitais brasileiras, permanecerá no Centro de Referência de Atendimento à Mulher Ieda Santos Delgado, localizado na estação do Metrô 102 Sul, até o dia 23. Segundo a organizadora da exposição, Marta Baião, 11 mulheres são assassinadas por dia no Brasil por parentes, maridos e companheiros. “Esse trabalho é uma forma de conscientizar, além de uma tentativa de desnaturalizar essa lógica patriarcal”, analisou. Este ano, o tema da campanha é “Compromisso e atitude: a lei é mais forte”.
Programação – O período da campanha será marcado por uma programação que trará performances teatrais, exposições, lançamentos de livros, campanhas e rodas de conversa (quadro abaixo).
No Centro de Referência Ieda Santos Delgado, por exemplo, serão realizados encontros para debater o enfrentamento à violência contra a mulher no DF por meio de relatos de experiências e vivencias pessoais. O lançamento do livro “Direitos e conflitos psicossociais – ações e interfaces disciplinares”, de autoria das professoras Maria Aparecida Penso e Tânia Mara Campos, também acontecerá no mesmo espaço.
Grafiteiras de Brasília e do Rio de Janeiro farão, no dia 28 de novembro, um mural temático pelo fim da violência contra as mulheres na passagem subterrânea da 102/202 Norte.
O Dia Mundial de Combate a AIDS também integrará a programação. No dia 1º de dezembro a Subsecretaria de Políticas para as Mulheres da Secretaria da Mulher do DF realizará, no Parque da Cidade, em parceria com a Secretaria de Saúde e com o Ministério da Saúde, a distribuição de camisinhas e folders explicativos.
Outra campanha que será lançada no período dos 16 dias será a do Laço Branco. O objetivo da iniciativa, prevista para o dia 6 de dezembro, é sensibilizar e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.
Já no dia 11 de dezembro a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher” será encerrada em cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Buriti. Na ocasião, será apresentado o vídeo “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha”.
Participaram também do lançamento campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher” a secretária da Criança, Rejane Pitanga, e a deputada federal Érika Kokay.