O trabalho de conscientização e melhorias desenvolvidas no atendimento às vítimas de violência contribuíram para o aumento das queixas
Devido às políticas públicas de conscientização e às melhorias no atendimento às mulheres, as vítimas de violência no Distrito Federal se mostraram mais motivadas a fazer denúncias quando ocorre o crime. Em janeiro e fevereiro deste ano foram registradas 2.405 ocorrências, 421 a mais que no mesmo período no ano passado.
Para o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Sandro Avelar, os dados mostram que a brasiliense está mais corajosa para denunciar seus agressores. “Elas estão se sentindo seguras, e isso graças às campanhas que são realizadas constantemente e também à melhora no atendimento das delegacias, que são as primeiras a entrar em contato com as agredidas”, afirmou o secretário.
Dados da SSP-DF mostram que grande parte das agressões ocorre aos domingos, entre 18h e 0h. Em 2012, a maioria das denúncias feitas por mulheres envolviam crimes de ameaça (6.272), injúria (4.870) e lesão corporal (3.288). Os casos de estupro chegaram a 94 registros. Já o crime de homicídio resultou em oito ocorrências, sete a menos que em 2011.
Atendimento à mulher – As vítimas de violência possuem um canal telefônico exclusivo – o número 156. O serviço conta com três linhas e seis atendentes treinadas para oferecer orientações e informações sobre todos os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha. A central funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h e, aos finais de semana e feriados, das 8h às 18h.
A mulher também pode se dirigir à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Localizada na Entrequadra 204/205 Sul, a unidade presta atendimento exclusivo ao público feminino. Contudo, todas as 31 delegacias do DF têm uma seção de atendimento à mulher.
Casa Abrigo – Prevista na política de proteção às mulheres em situação de violência no Distrito Federal, a Casa Abrigo é um espaço de garantia de defesa das mulheres e adolescentes vítimas de violência doméstica e sexual que correm risco de morte. Criado em 1993, o local garante a integridade física e psicológica de mulheres e de seus dependentes (meninos de até 12 anos e meninas sem limite de idade). O atendimento é interdisciplinar e favorece o resgate da autoestima e a reconstrução da autonomia.
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