A 100 dias da Copa das Confederações da FIFA 2013, cerca de 500 trabalhadores da obra fizeram exames para detectar a presença dos vírus tipos B e C
O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, que será palco da abertura da Copa das Confederações da FIFA 2013 daqui a 100 dias, em 15 de junho, recebeu nesta quinta-feira (7) grande mobilização pela saúde dos operários: uma campanha de prevenção das hepatites B e C. Foram feitos 500 testes com os trabalhadores da obra, das 9h às 15h.
O secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, e a subsecretária de Vigilância à Saúde da Secretaria da Saúde do Distrito Federal, Marília Cunha, fizeram questão de acompanhar os exames ao lado dos operários. Os testes foram aplicados por integrantes da organização não governamental (ONG) C tem que saber, C tem que curar.
“As hepatites B e C podem ser silenciosas por muitos anos e podem matar. Mas, se a pessoa descobre precocemente que é portadora desse tipo de vírus, pode melhorar sua qualidade de vida. O ideal é que todos os brasileiros acima dos 45 anos façam o exame”, alertou o secretário Jarbas Barbosa.
A campanha foi recebida com entusiasmo pelos operários do Estádio Nacional, que demonstraram interesse em conhecer as cartilhas distribuídas durante o dia. O montador de andaime Osvaldo José Barbosa, de 56 anos, foi um dos participantes.
“Faz um mês e meio que trabalho na construção. Já fiz o teste há muitos anos e, quando fui avisado pelo meu supervisor, resolvi repetir. Já ouvi falar da doença e não quis perder essa chance”, disse.
Os testes estão sendo realizados em todos os 12 estádios que receberão a Copa do Mundo da FIFA 2014. Brasília é a oitava cidade a receber a ação, que já passou por Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata), Arena Corinthians (São Paulo), Arena Fonte Nova (Salvador), Beira Rio (Porto Alegre), Arena Castelão (Fortaleza), Maracanã (Rio de Janeiro) e Arena da Baixada (Curitiba).
“Fazemos uma campanha por mês. A próxima será em Manaus, no fim de abril. Restarão Natal, Cuiabá e Belo Horizonte. Em função da conclusão da obra do Mineirão, em vez de operários, faremos a ação com torcedores, em uma partida de futebol”, anunciou o presidente da ONG, Luiz Francisco Gonzalez Martucci.
Tratamento – Caso algum resultado dê positivo, o trabalhador será encaminhado para fazer exames complementares na rede pública de saúde. O tratamento é gratuito. “O Brasil, inclusive, neste mês de março, está incorporando novos medicamentos, mais eficazes em casos muito graves”, explicou Jarbas Barbosa. A população também pode fazer o exame. Ele é gratuito e está disponível em toda a rede pública de saúde.