SÃO PAULO [ ABN NEWS ] — Tratado há até bem pouco tempo como uma alternativa nebulosa, o cloud computing é hoje um conceito estabelecido. E, se há poucos anos atrás, questões de segurança e confiabilidade eram inibidores para a adoção da nuvem, estudos recentes apontam que esses temores pouco afetam a opção das empresas por aqui.
Uma pesquisa realizada com mais de 600 gestores de TI apontou que as empresas da América Latina são as que possuem o maior número de aplicativos (39%) hospedados na nuvem. Em seguida aparecem a região da Ásia-Pacífico, com 28%, empresas americanas, com 19%, e europeias, com 12%.
“Dados podem ser mais facilmente capturados através de cópias em meios físicos, pessoas mal intencionadas ou até por roubo de equipamentos, do que pela quebra da segurança desenvolvida por empresas como a Google para seus sistemas em nuvem”, afirma Arthur Motta, CIO da Doctor Joe Technology Care, primeira empresa brasileira autorizada no Google Market Place para implementações da solução Google Apps.
A quebra deste paradigma joga os holofotes para os benefícios de se lançar ao céu. Redução de custos, mobilidade, aprimoramento de processos e disponibilidade são só alguns deles. Em termos de redução de custos, estima-se que a economia gire entre 60% e 80% com os gastos de TI em startups, de acordo com as aplicações utilizadas. Música aos ouvidos das corporações, não?
A pesquisa mostra ainda que o número de aplicativos corporativos baseados em cloud computing deve crescer aproximadamente 18% até 2.014. Até lá, a América Latina deve se manter à frente com 56% dos aplicativos rodando neste modelo. “Temos clientes operando 100% na nuvem com aplicativos e workflow totalmente personalizados e seguros”, exemplifica Cesar Camargo, COO da Doctor Joe, “um bom exemplo é nossa própria operação que está totalmente baseada neste modelo desde o dia 1 da empresa, isso nos dá mobilidade e disponibilidade imbatíveis”.
Resumo da ópera, a despeito de todas as dúvidas que algo tão grandioso quanto o conceito do cloud computing sempre trará, poucos cenários devem ser tão confortáveis para uma empresa quanto o de sua operação somente parar se uma corporação com a dimensão de um Google, por exemplo, parar primeiro. Mais um argumento para impulsionar este voo.